sexta-feira, 20 de abril de 2018

Até onde pode chegar a “gambiarra’?


Ajustar, adaptar, improvisar é uma necessidade e até uma qualidade de bons profissionais. Mas há momentos em que este tipo de improvisação começa a tomar uma proporção muito grande e os “gatilhos” como são chamados no Rio ou Gambiarras como são conhecidas em todo o Brasil ficam muito visíveis e perigosas.
Não podemos claro abrir mão da “adequação” ou de improvisar quando necessitamos produzir ou completar uma produção, quando não temos a mão a peças ou parte necessária e quando a segurança e integridade tanto do operador quanto dos equipamentos sejam mantidas intactas.
Mas os operadores aqui em nosso Brasil são “criativos” por demais, assim dizendo.
Ou por falta de ferramentas e insumos, por pressão dos proprietários e gerentes ou por mero prazer de se tornar “engenheiro” por alguns instantes o nosso operador acaba por criar verdadeiras obras de arte quando se trata de gambiarra.
As “ferramentas” preferidas do gambiarreiro são: fita adesiva, fita isolante, gasolina ou Thinner, arame, alicate, chave de fendas, martelo, grifo e alicate de pressão. Com isso em mãos são capazes de invejarem Da Vinci e Salvador Dali.
E um tal de enrolarem tubulações com inúmeras voltas de fita, prender laterais das máquinas com arame, fixarem partes das máquinas com alicate de pressão ou até sargento (tinha esquecido desta muleta...kkkk) e por ai vai.
A estética da máquina vai por água abaixo, a eficiência é comprometida e a segurança, bem ai nem vamos falar nada pois deixa de existir.
O pior que muitas empresas possuem equipes de manutenção ou pessoa responsável para isso e deixam passar, quanto a segurança as mesmas empresas parecem fazer vista grossa a estes problemas.
Quando, no entanto, um funcionário prende a mão na máquina, começa uma caça as bruxas em busca de culpados e principalmente uma ação coletiva para mascararem os problemas e assim se livrarem de algum processo ou indenizações aos empregados, difícil essa situação.
Manutenção é coisa séria, tanto a preventiva como principalmente a corretiva.
Para a manutenção devemos ter:
  • Equipe especializada ou com conhecimento do que deve ser feito;
  • Ferramentas apropriadas para desmonte e montagem;
  • Peças e partes necessárias para substituição ou adaptação;
  • Parafusos, arruelas, porcas, anéis elásticos, pinos, etc sobressalentes para reposição, sempre se perde algum na desmontagem;
  • fluidos de lubrificação e graxas apropriadas para montagem (quando aplicado);
  • Manuais da máquina, peças ou partes ou esquemas elétricos e eletrônicos em mãos, ajuda muito e poupa um bom tempo;
  • Material para limpeza do local, máquina e partes;
  • equipe de apoio pronta para auxiliar (no desmonte de peças grande e pesadas e para transporte de peças e partes como equipe de operação de empilhadeira ou ponte rolante);
  • Tempo calculado para intervenção e acima de tudo liberdade para trabalhar.
Independente do tempo dado a equipe deve ter liberdade de trabalho, tanto de espaço quanto de “curiosos perguntadores”. Estes curiosos ficam rodeando a equipe atrapalhando o seu movimento e fazendo perguntas que atrapalham e atrasam, melhor esse pessoal esperarem os relatórios de conclusão e daí sim perguntarem o que precisas baseadas nestes.
Outro ponto importante: TODA E QUALQUER MANUTENÇÃO DEVE SER REALIZADA OBSERVANDO AS NORMAS DE SEGURANÇA E SEMPRE COM A ENERGIA DESLIGADA E COM AS PEÇAS MÓVEIS TRAVADAS E/OU FIXADAS DE FORMA SEGURA PARA EVITAR ACIDENTES.
Como disse em muitos posts do blog já vi de tudo nas empresas que visito para consultoria e treinamento e até para manutenção e implementação de automação, por isso fiz questão de ilustrar esta matéria com algumas imagens reais de algumas gambiarras que encontrei.

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