sexta-feira, 30 de março de 2018

Modular ou tambor central, qual escolher?

 A decisão de compra de um novo equipamento ou a opção de compra do primeiro para formar um novo setor na empresa ou criar uma é uma decisão difícil.
Difícil por vários motivos, um dos quais é a falta de conhecimento do comprador por vezes um investidor e pela falta de suporte e orientação tanto por parte do fabricante quanto por falta de profissionais para este fim.
Eu já realizei várias consultorias e já fui solicitado por diversas empresas no Brasil para criar um estudo de viabilidade de compra de equipamentos e acompanhar todo o processo de negociação, compra, montagem e instalação, tanto para equipamentos nacionais quanto importados.
Mas o caso é o seguinte, o que e como escolher.
A primeira coisa que devemos ter em mente é o que vamos produzir ou que mercado queremos incluir ou atender pela nossa empresa.
Uma vez decidido isso temos que avaliar o quanto temos para investir, isso mesmo, quanto dinheiro temos. E quando falo de dinheiro não é a suposta proposta de um banco que hipoteticamente vai nos “dar” dinheiro para a gente fazer o que quer na empresa. Esqueça isso, quando falo de dinheiro falo do real, daquele que podemos contar de verdade, mesmo que o bando diga que 1 milhão estão disponíveis, mas qual é o real limite, 200 mil? Então é nos 200 mil que vamos trabalhar. Como um ditado diz: “Não podemos contar com o ovo sem a galinha tê-lo botado!”.
Definido quanto temos de “Grana” para gastar vamos em busca de configurações que nos atenda, seja a modular ou seja a tambor central.
Avaliamos agora se o dinheiro dá para uma modular, vamos então avaliar se esta pode fabricar o que queremos e quais as opções de outros produtos e expansões (upgrades) que esta máquina nos dá.
O mesmo fazemos com a tambor central.
Depois avaliamos o quanto custa para fazer a máquina rodar, isso mesmo, não adianta ter um Legacy 500* se não temos piloto nem combustível para tal. O mesmo ocorre com máquinas, precisamos avaliar quanto custa o operador, se esta mão de obra é local ou temos que buscar em outro bairro, município ou estado, quanto custa tê-lo com estes custos extras, o quanto consome de energia a máquina (kWh), qual a área que a máquina ocupa, quais insumos temos que ter e quais as peças de reposição temos que comprar para manter a mesma funcionando, como conexões de ar extras, mangueiras de ar, pois alguma pode romper ou rasgar no transporte, parafusos extras pois sempre algum se perde ou cai embaixo da máquina ou no "ralo" e se perde, etc.
E agora vamos pensar na estratégia de negócios para a nova máquina, como vamos promover, como vamos treinar os vendedores para “vender” os produtos por ela gerados. Tudo isso são custos e precisa de uma equipe para orientar os colaboradores.
Bom, voltando ao foco de que máquina escolher temos os seguintes pontos a considerar como exemplo:
  • A largura da máquina atende o meu projeto de trabalhos e clientes?
  • A quantidade de grupos impressores permite reproduzir as cores e nuances dos trabalhos que desejo realizar?
  • Os acessórios que compõe a máquina base são suficientes?
  • Há possibilidade de montagem de acessórios ou complementos na máquina para atender o que preciso realizar?
  • Estes acessórios são padrão, fornecidos posteriormente e de linha, mesmo que opcionais?
  • Tenho capacidade de fornecimento de energia em minha fábrica ou preciso mudar o transformador para atender o consumo da máquina?
  • A área que tenho disponível para montagem da máquina é compatível com o seu tamanho, preciso abrir portas ou paredes? Preciso climatizar o ambiente onde ela vai ficar? Preciso reforçar o piso pelo peso do equipamento?
  • Há facilidade de encontrar o profissional para rodar ou colocar em funcionamento este equipamento ou tenho que “buscar” no concorrente, quanto isso me custa?
  • Os insumos de tinta, dupla face, clichês que já uso (no caso de já trabalhar com flexo por exemplo), são compatíveis ou preciso ter novos produtos e medidas para a máquina?
  • Os trabalhos que tenho em mente e previamente analisados que estejam certos para a máquina são capazes de contribuírem com os custos fixos que esta máquina vai gerar como despesa?
  • Tenho equipe capacitada para “vender” os trabalhos e o novo conceito que esta máquina trará para minha empresa?
  • E o decisivo para a aquisição: Tenho dinheiro para isso? Este dinheiro não vai me descapitalizar? Não vou quebrar se esta máquina chegar? Não estou abrindo um “buraco para tapar outro”?
Se você conseguiu responder a estas perguntas e está satisfeito com a resposta que deu, vá em frente, compre, não importa se Modular ou Tambor Central (IC), pois o sucesso será garantido.
Se você precisa de suporte para estudo de viabilidade e acompanhamento para a compra e aquisição de novos equipamentos é só entrar em contato flexonews.br@gmail.com

P.S.
Importante lembrar que na aquisição de qualquer máquina, equipamento e acessório onde temos que esperar sua fabricação, devemos ter em mente  a "Saúde financeira" do fornecedor. Isso é particularmente importante para não termos a supresa no dia em que iremos buscar a máquina descobrir que o fornecedor mudou-se e ninguém sabe para onde foi.... já ví acontecer mais de uma vez.

*O jato particular Legacy 500 fabricado pela Embraer para a indústria de jato executivo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Como saber se uma papel é térmico?

Alguns de meus leitores são apenas usuários de etiquetas e rótulos. Outros são fabricantes de máquinas e equipamentos, vendedores de insumos...