Antes de um avião
decolar o piloto e o copiloto conferem item, por item, instrumento
por instrumento para garantir que tudo está devidamente em ordem
para a partida. Surpresas lá em cima podem ser a última coisa que
eles vejam antes da queda. Esta verificação acontece não uma
mas 3 vezes, uma vez o pilo faz a verificação junto ao copiloto, na
segunda o copiloto verifica com o piloto e por último ambos
verificam os mesmos itens com a torre, somente depois disso a torre
autoriza o taxiamento e posterior decolagem.
Mas esta verificação
não é aleatória existe uma sequência lógica e uma ordem para ser
feita. Esta ordem e sequência e as perguntas a serem respondidas se
chama checklist.
Checklist é
uma palavra em inglês, considerada um americanismo que significa
“lista de verificações”. Esta palavra é a junção de check
(verificar) e list (lista). Uma checklist é um
instrumento de controle, composto por um conjunto de condutas, nomes,
itens ou tarefas que devem ser lembradas e/ou seguidas.
Na indústria a
coisa funciona da mesma forma. Se não houver um checklist como
podemos verificar a ordem e o perfeito funcionamento ou andamento de
uma determinada máquina ou produção?
A construção de um
produto (estiqueta, rótulo, bobina de PDV, impresso, máquina,
etc…), necessita de passos e ordem para sua fabricação e é o
checklist que garante que a ordem e os passos estão sendo executados
como deveriam.
No checklist
verificamos entre outras coisas se falta algo ou algum material
importante, se faltou algum detalhe e se o fornecimento está o.k.
Mas o checklist não
é um só para todo a empresa ou produto, cada setor e etapa possui
seu próprio checklist de acordo com as características, exigências
e objetivos. Por exemplo, ao receber uma mercadoria entregue por um
fornecedor fazemos o primeiro checklist verificando a nota fiscal, a
quantidade, as medidas, o peso, o valor e conferimos tudo isso com a
mercadoria recebida. O prazo de entrega e a data de pagamento (caso
faturado) deve estar também em destaque pois uma vez assinado o
canhoto da nota, concordamos que recebemos tudo de acordo com a
descrição da mesma.
Já na produção o
checklist não precisa se preocupar com estes dados de recebimento
somente com o dimensional do material recebido, quantidade, tipo de
substrato e acabamento e se esta de acordo com a especificação da
OS para a produção do produto. O mesmo ocorre com tintas por
exemplo, onde além de quantidade a cor e tonalidade devem estar de
acordo com as exigências do produto e amostras.
Clichês por exemplo
devem ter um checklist próprio tanto para envio quanto para
recebimento. O do envido deve conter os dimensionais final e
distorcido (compensação no caso de flexo), quantidade de cores
(seleção das cores, placas ou chapas), cores usadas, retículas e
sua lineatura, ganho de pontos padrão, espessura da chapa, montagem
lateral e longitudinal, passo de fotocélula, dupla face a usar, etc.
Ao receber conferimos se tudo foi feito de acordo com o primeiro
checklist.
Na sala de
impressão, devemos ter em mente que cada fabricação e produto tem
uma exigência particular, mas que o conceito de montagem é o mesmo.
O que diferem em geral é se, por exemplo, etiquetas os itens a serem
verificados serão menores do que rótulos ou impressos de segurança,
por isso as folhas de checagem serão um pouco diferentes ou terão
menos itens. Embalagens flexíveis e/ou rígidas seguem o mesmo
esquema.
Porém alguns pontos
serão comuns em todo o checklist, os pontos de metrologia como o
dimensional (altura, largura, comprimento, espessura, passo de
fotocélula, resistência a ruptura, resistência ao atrito, etc.), e
outros aspectos visuais também serão avaliados e são comuns e
quase todos os checklist como a cor, tom, encaixe de cores
(registro), centralização visual, montagem e orientação e odor
(como verificação do impresso pelo sentido do olfato, importante em
embalagens para alimentos).
Montar um bom
checklist para as etapas de sua produção garantem não só a
qualidade do produto quanto a perfeição do mesmo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário