quinta-feira, 6 de julho de 2017

Unidade de desbobinamento flexo


A unidade de desbobinamento flexo ou entrada da máquina, também chamado de área de alimentação (no caso de corrugado por exemplo) é onde a matéria-prima virgem é colocada para que seja então conduzida ao interior da máquina e processada (impressa, cortada, personalizada, etc.).
A unidade de desbobinamento, como estamos fazendo nesta série de posts, é explicada de forma simples como tendo as principais partes e acessórios.
  1. Estrutura – feita em aço onde são montadas as partes. Pode ser ferro fundido (pouco usado hoje em dia) ou chapas de ferro;
  2. eixo desbobinador – eixo em corpo de aço com diâmetro próximo ao do tubete do rolo, que em geral tem ou 3” ou 6” (três ou seis polegas) onde a bobina pode ser firmemente presa para manter o seu alinhamento e tensão. A fixação da bobina pode ser:
    1. por mandril pneumático – onde elementos são inflados no corpo do eixo e prendem o interior do tubete com grande pressão (expandem no interior do tubete da bobina);
    2. Por cone fixação na lateral – também chamado de abacaxi são dois cones de aço que são forçados na lateral do tubete em direção ao centro prendendo a bobina;
    3. Por travamento mecânico excêntrico onde um pino, guia, mola ou pequeno eixo trava a bobina por sair do centro. Este travamento mecânico tem uma característica interessante, quanto mais se puxa a bobina para o desbobinamento aliado ao travamento (freio) mais se trava a bobina, por outro lado, girando no sentido contrário apenas ¼ de volta o material (bobina ou tubete) é liberado sem dificuldades.
  3. Sistema de freio ou fricção – responsável por manter a bobina frenada ou com tensão suficiente no material mantendo-o esticado sem estirar ou alongar e também sem romper. Ele também permite que a bobina não fique girando após cessar o tracionamento da alimentação;
  4. Rolos guias – permitem alinhar e manter o material tensionado.

Além disso desbobinadores possuem mancais com ou sem rolamentos onde os eixos são apoiados. Quando não temos rolamentos os mancais podem ser feitos de material de baixo atrito como bronze ou nylon. Também em equipamentos mais modernos podemos ter ainda:
  • Mesa de emenda – para facilitar a união entre o material em máquina e a bobina que está sendo colocada em máquina – comum em equipamentos modulares banda estreita;
  • Sistema de fim de bobina – sistema eletrônico ou até mesmo mecânico para desligamento ou parada da máquina ao fim da bobina;
  • Sistema de detecção de ruptura – quando o material quebra ou arrebenta em máquina ele detecta e faz uma parada de emergência;
  • Células de carga ou sensores de diâmetro – utilizados para e em conjunto com o sistema de freios controlar a tensão;
  • Elevador de bobina – para facilitar a colocação de bobinas de grandes formatos e peso no desbobinador;
  • Trocas automáticas ou alimentador automático – conjunto de dois ou mais desbobinadores que funcionam independentes um do outro e se auto posicionam para sem que a máquina pare trocar a bobina, emendando o material e fluindo a nova bobina sem paradas ou diminuição de velocidade.
Estas são as características básicas de um desbobinador comum em flexográficas de bobina que são as máquinas de etiquetas, rótulos, embalagens. Já a máquina de corrugado, que imprime a partir de chapas esta configuração muda, mas é assunto para um próximo post.

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