sexta-feira, 12 de maio de 2017

Conhecendo os custos

Nestes muitos anos que estou atuando como profissional no setor de treinamento e consultoria do segmento gráfico em especial da flexografia de banda estreita (rótulos e etiquetas), e mais recentemente como desenvolvedor de soluções em softwares para este setor percebi uma grande dificuldade dos empresários em formas seus custos de venda, principalmente quando se trata de cobrar pelos serviços.
Em minhas pesquisas e através dos relatos dos próprios empresários os principais motivos pelos quais eles não conseguem ou não sabem formar seus preços são:
  1. a falta de conhecimento de como saber os custos dos serviços envolvidos;
  2. grande parte acha este trabalho de formar preços muito difícil, complicado e a matemática envolvida para isso é inacessível;
  3. e muitos ainda alegam que saber formar custos não ajuda a alavancar vendas nem a ter lucro ou ganhar dinheiro.
Este cenário é preocupante. Um empresário que não sabe quanto são seus custos ou como formar seus custos de venda nunca saberão se estão no lucro ou no prejuízo com a venda ou mesmo com o estoque parado em suas prateleiras e pior podem ir para o "buraco" se afundando em dívidas e "vendendo o almoço para comprar a janta".
Esta é a realidade de muitos pequenos e até médios empresários não só no setor gráfico mas também em muitos segmentos como confecções, lojas de peças automotivas, restaurantes e qualquer que seja o tipo de comércio e indústria.
Dominar os custos de uma empresa tem inúmeras vantagens não só comerciais mas também de marketing, mas este é um outro assunto para uma próxima postagem.
Quais são as principais razões para que saibamos os nossos custos:
  1. saber o quanto custa o nosso serviço agregado em um produto, ou seja, o quanto custa para fazer e colocar ele a venda;
  2. saber que atitude tomar em relação a estratégia de vendas frente aos concorrentes;
  3. saber se estamos tendo lucro, prejuízo ou somente empatando o nosso dinheiro.
Tomar nota de quanto se gasta para comprar a matéria prima, quanto se paga para o operador, quanto é o custo da energia elétrica, água, seguro, manutenção, etc... não basta para se saber o quanto custa para vender. Dominar os custos de uma empresa é garantir que os custos de seu negócio estão adequados para o perfil e para o tipo de negócio que você gerencia ou possui. Ter este controle e as anotações atualizadas garantem mais oportunidades e avaliação em riscos para seu produto e negócio.
Os custos basicamente são formados avaliando-se 3 fatores (de forma simplista ok, me perdoem os mais detalhistas):
  • custos dos serviços;
  • despesas fixas;
  • despesas variáveis.
Além é claro e obvio o custo da aquisição, logística e estoque de todas as materiais primas. Falo de estoque pois produto parado em nossa prateleira seja virgem ou processado custa ou custou alguma coisa, esta ou devera ser pago em algum momento e isso é a diferença de lucro, liquidez e prejuízos.
Outra coisa que importante você lembrar é que são dois custos diferentes para formar preços e você deve separa-los que são:
  • Custo da mão de obra
  • custo do material aplicado
Vamos só explicar o que é custo com a mão de obra: é o valor total anula dos gastos com os funcionários que fabricam ou executam os serviços, como exemplo temos:
  • o salário bruto do empregado
  • todos os encargos que incidem sobre ele como por exemplo o 13º salário, o FGTS, INSS, rescisões trabalhistas, etc..
  • os benefícios que você dá ao funcionário como vale transporte, cestas básicas, assistência médias e odontológica, etc...;
  • uniformes e os equipamentos de EPI;
  • treinamentos e cursos pagos por você ou pela sua empresa aos funcionários (isso também é custo apesar de ser o investimento em conhecimento);
Viram, tem muito empresário que pega o salário do impressor multiplica por 75% que é o custo aproximado dos encargos e depois divide por 220 horas que é a conta de horas que o trabalhador estaria hipoteticamente trabalhando para a empresa durante um mês. ERRO GRAVE.
Primeiro que tem mais coisas a somar no salário base como descrevemos acima, depois que não temos efetivamente 220 horas no mês trabalhadas. Se tirarmos os feriados, as horas perdidas, a falta de energia ou matéria prima em um setor, a quebra ou manutenção de um equipamento se muito teremos real 150 a 160 horas produtivas em um mês e não as 220 anunciadas.
Sim, terrível não é?
E com isso, com este nova forma de ver os custos, nossa hora homem quase que dobra.
O assunto é complexo e também empolgante, e saber estes custos nos permite não vender mais, mas permite vender melhor e com mais margem ou pelo menos sem prejuízos.
Gostou do assunto?
Entre em contato e saiba mais. Sugira outras matérias ou assuntos que discutiremos aqui no blog.
Até o próximo post!



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