segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Primeira máquina

  Muitos podem até não acreditar que seja uma máquina ou ainda podem até, de certa forma acharem estranho, mas uma das primeiras máquinas que fiz para vender a pedido de um cliente foi uma rebobinadeira manual.
Como disse parece coisa dos "tempos das cavernas" nos dias de hoje falar de uma rebobinadeira manual, mas ainda é muito utilizada para a produção de etiquetas de precificação e etiquetas de balança por muitas empresas.
A história por traz da máquina!
Um dia um cliente e amigo me procurou perguntando se eu sabia de alguém que fabricava as rebobinadeiras manuais para etiquetas MX5500 (um tipo de etiqueta de precificação quem tem medidas de 12mm de altura por 24mm largura e rolinhos de 12 metros) e eu disse não saber.
Ele ficou desesperado pois precisava de pelo menos duas máquinas para poder atender a um pedido grande de um hipermercado no interior de uma cidade no Nordeste.
Foi quando eu tive a ideia de ajuda-lo e disse  que poderia desenhar e produzir esta máquina para ele.
O meu amigo só disse assim: "Toca o pau amigo, preciso prá ontem!"

Peguei meu laptop, abri no meu programa de Desenho Paramétrico KOMPAS 3D e comecei a projetar. Fiz uns esboços e depois de achar as medidas e a harmonia entre as peças, medidas, conceito e otimização mandei cortar as primeiras chapas de aço.
Corri até uns fornecedores de aço que conheço, comprei uns retalhos de chapas, um tarugos e barras de ferro e alumíno, duas polias, correias de PU, rolamentos novos, porcas, parafusos e um lata de tinta para pintura e comecei a usinar.
Por sorte tenho algumas ferramentas de usinagem, para soldar e furar, rosquear e tornear, enfim, uma pequena oficina no fundo de casa.
Depois de um fura-fura, etapas de lixamento, pintura e montagem, "Voilà" eis que surge a rebobinadeira manual.
Do jeito que sai ficou 100% e atenderia ele na sua necessidade, mas eu não estava contente. Achei aquilo meio que arcaico demais, foi então que decidi inovar e implementar nesta pequena rebobinadeira manual um contador eletrônico. Parece loucura, mas sim coloquei nesta maquineta manual um contador eletrônico com programação. Agora o meu amigo além de poder rebobinar as etiquetas em rolinhos de 12 metros teria a certeza que cada um teria exatos 12 metros (que em uma etiqueta tão pequena de 12mm de altura qualquer centímetro a mais representa prejuízos).
Esse meu amigo ficou tão grato e feliz que não só comprou mais 3 máquinas como indicou e validou elas para mais uns 4 outros clientes.
Resumindo, até o momento fabriquei incríveis 22 peças destas. Pode, como disse no início, parecer coisa do tempo das cavernas, mas funciona e ainda existe uma pequena, mas fiel demanda para estas máquinas.
Claro que os equipamentos eletrônicos evoluíram desde a primeira versão. Na primeira versão eu mesmo projetei o contador usando microcontroladro PIC, LCD de 2x16 caracteres e programação em C. Depois optei por comprar pronto contadores com totalizador, não que ficavam mais baratos, muito pelo contrário, mas eram mais práticos e poupavam um tempo enorme de montagens de circuitos e programação.
Deste momento em diante não projetei somente este tipo de equipamento, mas inúmeras soluções para a indústria flexográfica tanto de banda estreita quanto de banda larga.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
MANTENHA O BLOG ATUALIZADO E ATIVO, DÊ SUA COLABORAÇÃO
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Como saber se uma papel é térmico?

Alguns de meus leitores são apenas usuários de etiquetas e rótulos. Outros são fabricantes de máquinas e equipamentos, vendedores de insumos...