sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

O que fazer quando não sabemos como é feito?

Esta é uma pergunta que acaba com o sono de muitos empresários, impressores e profissionais em geral, o que fazer quando não se sabe como é feito.
Bom, o primeiro passo quando temos um problema na mão e reunir o máximo de informações possíveis sobre o produto ou o serviço que deve ser realizado. Segundo é, quando não temos capacidade técnica ou habilidade prática contratar alguém que possa nos auxiliar ou realizar o trabalho, mesmo que por tempo determinado ou como chamamos o freelance ou um consultor. Estes tem por objetivo nos colocar no caminho correto ou nos indicar como fazer.
Mas a fase mais importante mesmo é a da coleta de informações, que deve ser feita logo nos primeiros segundos da contratação ou da assinatura de um contrato de prestação de serviços ou como dissemos do fornecimento de um produto.
Independente se for feito pela equipe da empresa ou por um profissional por nós contratado (reforço aqui a ideia do consultor ou freelance), os dados devem ser coletados e revistos. Nada pode ser deixado de fora, nenhuma vírgula ou pequeno detalhe deve passar despercebido ou deixado de ser anotado.
Vamos a um pequeno exemplo (nem todas as perguntas ou questionamentos de levantamento das situações sobre o serviço/produto estão listadas aqui), de como coletar informações para a produção de um rótulo.
  • Amostra - antes de falar de medidas, tamanho, matéria prima, etc... etc... vamos logo ao ponto há ou não uma amostra física, impressa do que o cliente quer fabricar ou comprar?  Se sim, esta amostra pode nos ser fornecida? Isso ajuda a solucionar 90% de nossos questionamentos, é algo para a gente se basear, seguir e copiar. Com a amostra é muito mais fácil chegar ao sucesso e compreender o que o cliente quer, principalmente para empresas novatas;
  • dimensional - saber quanto mede ou as medidas do produto. Incluem largura, altura, espaço entre esqueletos, montagem lateral, etc., isso faz parte do dimensional e independe da amostra ou do tipo de substrato. Se você não sabe as medidas não saberá cobrar ou quanto custa para fabricar;
  • Materia prima ou substrato - que tipo de frontal (onde vai ser impresso), qual o liner (glassine, couchê, BOPP, Kraft, etc.), o tipo de adesivo (removível, permanente, acrílico, hot-melt, 20 ou 30 gramas, etc.);
  • Personalização ou impressão - é uma cromia (não se preocupe em dizer se tem lineatura X ou Y, só como é composto primeiro), tem pantone (cor especial); possui algum tipo de douração ou metalização via hot ou cold-stamping, possui verniz de acabamento, o verniz quando há é fosco, brilhante, localizado, com reserva, possui resistência química, etc.
  • Formato do corte - é retangular, quadrado, elíptico (oval), especial ou sem uma forma geométrica definida, tem cantos arredondados, corte total, meio corte, possui serrilhas, picote ou furos (tipo remalina, por exemplo);
  • Sentido de rebobinamento - qual o sentido que vai ser entregue para o cliente, como o cliente quer receber o rolo;
  • Tipo de aplicação - o cliente aplica o rótulo manualmente, sistemas semi-automáticos ou automáticos, velocidade de aplicação e tipo de frasco ou objeto onde o produto é aplicado (plástico, vidro, madeira, aço, etc);
  • volume mensal - qual a quantidade de consumo mensal do produto e qual a quantidade total da compra - para planejamento de vendas e fornecimentos futuros (agendamento).
  • Condições de uso do produto pelo cliente final - o produto vai ter contato direto com água, solventes, produtos químicos, ficar exposto ao sol (nas janelas por exemplo), terá contato com gordura, sangue ou líquidos como ácido lático ou soro de leite, terá atrito direto, segue para geladeira ou micro-ondas, ficará exposto ao tempo por longos períodos (sol, chuva, vento, poeira);
  • Condições da aplicação - local onde se aplica e os fracos possuem o mínimo de condição de receber o adesivo, livre de poeira, água, condensação ou formação de gelo. Temperatura do produto na hora da etiquetagem;
Este são apenas os tópicos principais que devem ser levantados para a produção de um rótulo que não apresente problemas e tenha excelente maquinabilidade ou facilidade na aplicação e resistência no produto além é claro da longevidade das informações e apresentação do fabricante para o cliente final.
Temos que ter em mente que um rótulo ou mesmo uma etiqueta deve durar no mínimo o mesmo tempo que a vida útil do produto a qual ele foi fixado. Isso quer dizer que um rótulo de shampoo deve ser legível, manter sua fixação no frasco e permitir identificar o fabricantes e seus componentes pelo mesmo período que haja shampoo no frasco na residência do consumidor.
Parece ilógico o que disse a pouco, por inúmeros motivos como por exemplo o hábito e o consumo do produto por cada usuários, mas um bom rótulo quando bem impresso e selecionado corretamente o material e o adesivo pode manter suas características de cor, legibilidade e fixação por muitos meses, mesmo quando esquecidos no contramarco das janelas de nossos banheiros, expostos ao Sol e ao vapor d'água provenientes de nossos banhos quentes.
Se você quer saber mais sobre este e outros assuntos e como fabricar ou desenvolver novos produtos para flexografia, entre em contato.

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