quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Um ano bom, mas também triste!

Apesar do ano estar iniciando e sem ainda uma previsão de como serão as coisas tanto para o empresário do setor gráfico quanto para o operário deste mesmo setor estou apreensivo e com muitas dúvidas.
Ainda não temos um posicionamento político nem econômico por parte de nossos governantes e o empresário deixou a muito de investir tanto em mão de obra quanto em maquinário.
Poucos os que se arriscaram a comprar, mas assim mesmo as empresas de máquinas (fabricantes) ainda tiveram um ano bom.
Antes culpávamos a Dilma, agora o problema é o Temer, outros tempos foi por conta da Copa, ano passado foi a desculpa da Olimpíada, e assim fomos empurrando com a barriga e chegando a lugar algum. Desanimo, falta de investimento e vontade e falta de credibilidade, difícil hoje acreditar em alguém.
Imagine para profissionais como eu, que possuem inúmeros cursos, especializações, Know-how, desenvolve produtos e serviços e ainda acha soluções para indústrias como por exemplo a sua, que esta tendo prejuízos com desperdício, má formação técnica de seus operadores e falta de um bom controle interno.
Sim, o ano foi muito difícil para mim também. Postei inúmeras matérias não só aqui no blog mas também no face, solucionei muitos problemas através de meus artigos técnicos e ajudei muitas empresas indiretamente com minhas consultorias ou por Skype, telefone ou email, tudo isso muitas vezes no tal chamado "Vasco", na "Faixa", gratuitamente.
Reconhecimento é algo importante mas tudo isso tem um custo. Estudei, me especializei, busquei informações e parceiros para chegar onde cheguei e isso não foi do dia para noite, foram 32 anos de pesquisa, estudos e treinamentos, fora as práticas nas indústrias, sim fui operário e impressor, fui gerente e administrador de setor. Aprendi a programar, aprendi a formar preços, aprendi a comprar e vender tudo isso para ser melhor no meu segmento e setor. Aprendi a usinar, desenhar máquinas, a entender normas e procedimentos seja para ISO como para perfeição e manufatura de produtos. Discuti com multinacionais e com pequenas empresas de fundo de quintal qual seria a melhor solução para seus produtos e também cheguei a economizar milhares de reais para industrias das mais diversas, tudo com a maior boa vontade (quem me conhece sabe que nunca neguei uma informação e nunca disse não a uma pergunta, ajuda ou questionamento) e vejam onde cheguei?
Como disse tudo isso tem um custo e estou bancando estes custos a mais de 30 anos, nos últimos anos criei inúmeras ferramentas para auxiliar os profissionais de minha área flexo como a revista Flexonews, que por mais de 5 anos distribui 5000 exemplares gratuitos pelo Brasil, este blog, os softwares de orçamentos e de cálculos diversos e até mesmo a minha página do face. Mas em vão. Nestes anos nunca tive um incentivo, colaborador, suporte ou uma doação que fosse para manter as matérias, a revista impressa, o blog e minhas pesquisas e quando parei de escrever a revista Flexonews por exemplo me perguntaram: Por que você parou com a revista é tão boa? e quando respondi falta de anunciantes e colaboradores e questionei se havia interesse de pagar por uma assinatura houve uma DEBANDADA de pessoas que elogiavam meu produto.
Sinto uma pena muito grande de nosso setor, principalmente de banda estreita, pois existem um monte de bajuladores e interesseiros que somente querem tirar proveito de alguma situação mas na hora de meter a mão no bolso para investir, mesmo que na sua empresa ou funcionários ficam contando moedas, como se isso não fosse importante ou necessário.
Precisamos de reconhecimento não verbal, mas reconhecimento verdadeiramente e financeiramente, também gosto de sapatos novos e livros para pesquisa por exemplo, fazem-se de Cegos, Surdos e Mudos.
Sim, é um pequeno desabafo e após 32 anos me dedicando 100% a flexografia.
É com muita tristeza que acredito que vou dar um fim e um basta a esta profissão que apesar de amar muito, gostar muito, me dediquei a ela 100% do meu tempo, perdi horas importantes de minha vida fazendo milagres para empresas e não sendo apropriadamente reconhecido, acredito que vou parar.
Sem incentivo, sem retorno, sem colaborador fica difícil ter animo para escrever.
Quem acompanha meus blogs e páginas viu que há alguns dias já não posto nada.
Mas o pior de tudo vem agora, tem gente usando meu material, minhas matérias e apostilas, nua e crua mente para dizer que é técnico e dar treinamento e consultoria, sem ao menos pedir ou comprar de mim os direitos de uso. A falta de respeito por parte dos profissionais, a falta de ética, de reconhecimento destes que se dizem consultores e técnicos e fazem trabalhos de treinamento de impressão chegou a este ponto. Confiar no setor ficou muito difícil.
Por isso amigos, que sem patrocínio acredito que este canal no face e o blog deixarão de existir em breve.
Um bom ano a todos.

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