quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Eficiência em máquinas

Quando falamos em eficiência em máquinas não estamos querendo dizer que o impressor ou operador é bom. Estamos falando que a máquina em seu conjunto eletromecânico e pneumático possibilitam realizar um trabalho com menor tempo e com um mínimo de energia necessária.
No momento que uma máquina é projetada o projetista ou engenheiro leva em conta fatores como atrito, energia, dimensão, esforço, cargas mecânicas dinâmicas e estáticas e tantas outras variáveis para poder dimensionar corretamente um motor, rolamento ou mesmo o diâmetro de um eixo, ao contrário do que ocorre com as máquinas mais antigas ricamente copiadas sem desmerecer claro o  pioneirismo delas, mas sejamos realistas elas possuem pouca ou quase nenhuma engenharia ou projeto.
Por exemplo muitos dizem que o equipamento possui motor de 3HP (três horse power - cavalo força) e isso faz do equipamento dele uma boa máquina que "não para". Bem, o fabricante colocou um motor de 3CV com medo da máquina parar porque ele não dimensionou corretamente os rolamentos e eixos, porque também a máquina é "mal construída", ou seja, desalinhada, sem esquadro ou alinhamento e isso aumenta muito o atrito. Outro dia mesmo fui a um fabricante e ele orgulhoso mostrou-me o tamanho dos rolamentos que ele usava em sua máquina, enormes e disse "veja que beleza que robustez!", fiquei quieto, mas internamente eu pensei. "Uma camionete Hilux no cubo de roda tem um rolamento menor que estes e funciona bem a um regime de carga e velocidade infinitamente superior ao desta máquina!"
A resposta para isso e SUPERDIMENSIONAMENTO para compensar a falta de projetos.
Outro ponto, ainda falando do motor, muitas vezes o motor tem 3CV mas é um motor de baixa rotação, tipo 1800 RPM. Em uma rebobinadeira por exemplo não conseguiria uma velocidade de rebobinamento levando-se em conta que as reduções e polias foram bem dimensionadas superior a 80m/mim (80 metros por minuto). Outro ponto, as reduções e polias de transmissão, são colocadas aleatoriamente.

Muitos leitores podem estar agora questionando como eu cheguei a estas conclusões!
A minha "estrada"  em artes gráficas e em especial no setor flexográfico completou 35 anos, meus cursos de artes gráficas, automação, robótica e engenharia produção mecânica e programação  possibilitaram maior compreensão destes fatos e a acessória tanto como consultor ou técnico para instalação e treinamento de equipes em muitos fabricantes de máquinas (nacionais e importadas) deixou-me muito próximo não só da máquina mas também da fabricação delas, acompanhando projetos, usinagem e construção. Tive a oportunidade de testar muitos lançamentos e projetos inovadores como a primeira modular fabricada pela GGS (hoje extinta, infelizmente), as primeiras tricrômias de qualidade foram feitas com estudos feitos por mim em equipamentos que antes só se pensavam para impressão de etiquetas de supermercados e tantas outras histórias, muitos recordam disso, de me verem em alguma FIEPAG (na época bem mais magro e com mais cabelos :-)  rodando 3 cores em perfeito encaixe e imagens inovadoras em equipamentos estilo Midiflex.
Esta paixão talvez tenha sido a maior motivadora pelo qual comecei a projetar "secretamente" alguns equipamentos com técnicas, cálculos e conceitos antes não utilizados e sei que quando colocados no mercado serão largamente utilizados e até copiados e fico feliz que sejam, pois estes novos conceitos e dispositivos que ao longo de anos venho estudando e desenvolvendo melhoram não só o desempenho e eficiência de máquinas e dispositivos mas facilitam o trabalho do operador.
Para que vocês tenham ideia da dimensão do projeto a primeira parte que desenvolvi foi o CIP (Central de Informação de Produção) que é um pequeno CLP, na realidade um microcontrolador com instruções sobre a impressora ou rebobinadeira que pode ser instalado em qualquer impressora flexográfica de 3 a 6 cores tambor central de banda estreita, ou troqueladora ou ainda rebobinadeira de etiquetas e rótulos.
O CIP faz o mapeamento das zonas da máquina e, através de seus sensores informa ao operador e toma algumas decisões por ele, adequando a máquina as normas da NR12 de segurança. Tudo isso com um painel simples de informação. O produto é tão legal que lhe informa por exemplo:
  • Fim da bobina -  se a bobina acaba e o operador estiver distraído ele desliga a máquina automaticamente e não deixa o papel passar;
  • Conta etiquetas em uma coluna - Ele conta etiquetas totalizando;
  • Ele possui um segundo contador de metragem útil para conferência e aferição de sua máquina;
  • ele para a máquina na ruptura de esqueleto;
  • informa e dá alarme e/ou para a máquina se alguma tampa ou proteção foi aberta (fornecemos as tampas e proteções também).
  • indica estado da correia - se por exem
    plo a correia da sua máquina quebrar ele indica;
  • pode ser plugado em um PC Windows via cabo USB e assim obter em tempo real em um supervisório (vendido separadamente) as funções da máquina. A máquina pode ser operada via PC também a distância.
  • pode ser acionada via Wifi e através de celular o tablete com android 4.0 ou superior ter controle da máquina ou observar produção (contagem de etiquetas, metragem, máquina em movimento ou parada).
  • e tantas outras funções.
Este desenvolvimento foi feito para ser vendido na forma de kit com todos os sensores e tampas e proteções personalizadas para o usuário e máquina.
Se precisa de mais detalhes é só entrar em contato. Temos um parceiro no desenvolvimento de peças e partes mecânicas e no desenvolvimento de nossos projetos de máquinas. Saiba mais, não fique entrando em contato hoje mesmo.
Algumas peças de máquinas desenvolvidas e projetadas utilizando software de desenho paramétrico para engenharia mecânica:
Engrenagem Dente reto

Cilindro e mancais

Mancal e rolamento

Estação de corte montada

Estação de corte, visão Explodida



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